Livro: Estabilidade de Taludes Naturais ou de Escavação

{tocify}

O livro "Estabilidade de Taludes Naturais e de Escavação", escrito por Guido Guidicini e Carlos Nieble, foca no estudo e análise da estabilidade de taludes, tanto em encostas naturais quanto em taludes de escavações em solo ou rocha. A edição, datada de 1984, da Editora Blucher é em formato brochura, sendo uma obra referência elaborada por autores brasileiros e voltada para os profissionais e estudantes da área.


 Estabilidade de Taludes

A estabilidade de taludes é uma área crítica da geotecnia, que se entrelaça intimamente com a geologia para entender e mitigar os riscos associados a movimentos de massa em encostas e cortes de terra. A geologia desempenha um papel fundamental nesse contexto, pois a composição e estrutura das formações rochosas e dos solos associados, as condições hidrogeológicas e a história geológica de uma área podem influenciar significativamente a estabilidade dos taludes e das encostas.

2006: encosta em Petrópoplis (RJ) apresentando sinais de instabilidade. Fonte: Eurico Zimbres.

A prevenção de deslizamentos e a manutenção da estabilidade de taludes são essenciais, não apenas para garantir a segurança das infraestruturas e das comunidades próximas, mas também para prevenir danos ambientais. A análise detalhada das condições do solo, da topografia, da hidrologia e da hidrogeologia permite o planejamento de intervenções estruturais eficazes, como drenagens, ancoragens e contenções, minimizando assim os riscos de instabilidade.

Além das medidas preventivas, a remediação efetiva de taludes instáveis requer uma abordagem técnica rigorosa, que considere todas as variáveis geológicas e geotécnicas envolvidas. Neste cenário, as contribuições de Guidicini e Nieble se tornam extremamente relevantes. Sua obra, focada na estabilidade de taludes e em métodos de investigação, é um adendo valioso ao arcabouço técnico sobre o tema. Ela oferece uma compreensão aprofundada sobre os processos instabilizadores de encostas.

Um marco histórico importante que os autores trazem na obra é uma discussão sobre os sistemas classificadores de movimentos de massa, para o período de 1938 a 1969, e a sua própria proposta de classificação baseada nas existentes em língua portuguesa até então, de Freire (1965) e Vargas (1966).

O livro é estruturado em seis capítulos que abordam desde a sistemática de classificação, agentes e causas de movimentos de massas, fatores geológicos e geomecânicos significativos, métodos de investigação e apresentação de dados, métodos para cálculo de estabilidade de taludes, até estabilização de taludes e instrumentação.


 Sumário do Livro

Apresentação
Prefácio
Prefácio à segunda edição
Simbologia e notações

Capítulo 1 - Sistemática de classificação
  • Introdução
  • Critérios de classificação de movimentos de massas
  • O sistema de classificação de Magalhães Freire
  • Histórico da documentação brasileira sobre escorregamento
    • Extensão das áreas afetadas
  • Correlação entre pluviosidade e escorregamentos
  • Escoamentos
    • Rastejos
    • Corridas
  • Escorregamentos
    • Escorregamentos rotacionais
    • Escorregamentos translacionais
    • Queda de blocos
    • Queda de detritos
  • Subsidências
    • Subsidências (propriamente ditas)
    • Recalques
    • Desabamentos
  • Formas de transição ou termos de passagem
  • Movimentos complexos de massas

Capítulo 2 - Agentes e causas de movimentos de massa
  • Causas internas
    • Efeito de oscilações térmicas
    • Diminuição dos parâmetros de resistência por intemperismo
  • Causas externas
    • Mudanças na geometria do sistema
    • Efeitos de vibrações
    • Mudanças naturais na inclinação das encostas
  • Causas intermediárias
    • Elevação do nível piezométrico em massas "homogêneas"
    • Elevação da coluna de água em descontinuidades
    • Rebaixamento rápido do lençol freático
    • Erosão subterrânea retrogressiva (piping)
    • Diminuição do efeito de coesão aparente
  • Atuação da cobertura vegetal
    • Efeitos de desmatamento
    • A Legislação brasileira e a proteção das encostas

Capítulo 3 - Fatores geológicos e geomecânicos significativos
  • Ângulo de atrito e coesão
  • Influência de irregularidades no cisalhamento
  • Influência dos materiais de preenchimento no cisalhamento
  • Influência de interfaces solo-rocha no cisalhamento
  • Influência da água no cisalhamento
  • Compartimentação do maciço e sua importância
  • Rupturas preexistentes como indício de instabilidade
  • Falhas e horizontes preferenciais de alteração
  • Perfis de intemperismo na estabilidade
  • Efeito de macroestrutura em solos
  • Ângulo de repouso em materiais granulares
  • Redes de fluxo subterrâneo, na estabilidade
  • Efeito de alívio de tensão por erosão

Capítulo 4 - Métodos de investigação e apresentação de dados
  • Trabalhos de campo
  • Estudo geológico regional
  • Critérios de identificação de movimentos de massas
    • Critérios no emprego de fotos aéreas
    • Indícios na observação direta no campo
  • Mapeamento geológico da encosta
  • Trabalhos de subsuperfície
  • Descrição das características do movimento
  • Estudo da compartimentação do maciço
  • O emprego de diagramas de projeção esférica
  • Representação do cone de atrito
  • Caracterização geomecânica por meios expeditos
    • Índices globais de classificação
    • Grau de resistência
    • Grau de alteração
    • Grau de coerência
    • Grau de fraturamento
    • Medição de irregularidades de superfície
    • Classificações "ponderadas"
    • Ensaios de cisalhamento expeditos
  • Estudo das condições de percolação de água subterrânea
  • Trabalhos de laboratório
  • Retroanálise

Capítulo 5 - Métodos para cálculo de estabilidade de taludes
  • Introdução
  • Os métodos de análise
    • Ruptura circular
    • Ruptura Plana
    • Rupturas em cunha
    • Análise de tombamento de blocos
    • Outros fatores que devem ser considerados no cálculo de estabilidade

Capitulo 6 - Estabilização de taludes e instrumentação
  • Estabilização de taludes
    • Sistematização dos processos de estabilização
    • Considerações sobre os principais métodos
    • Experiências brasileiras na estabilização de taludes
  • Instrumentação de taludes
    • Importância da instrumentação
    • Métodos e técnicas de instrumentação

Bibliografia nacional sobre estabilidade de taludes
Bibliografia internacional sobre estabilidade de taludes{hlBox}


 Sobre os Autores

Guido Guidicini é um experiente geólogo formado pela USP em 1963, especializado em Geologia de Engenharia e conhecido por sua participação em diversos projetos de barragens, especialmente associados a aproveitamentos hidrelétricos no Nordeste. Autor de vários livros técnicos na área de Geotecnia, ele vem atuando como consultor desde 1994.

Carlos Manoel Nieble é um renomado engenheiro de minas formado pela USP em 1966, especializado em Risco Geológico e Detonações Cuidadosas com Explosivos. Nieble, que foi presidente da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE) entre 1974 e 1976, é sócio na Matra Engenharia e Consultoria e coautor, junto com Guidicini, do livro "Estabilidade de Taludes Naturais e de Escavação". Além disso, é autor do livro "Desmontes Cuidadosos com Explosivos – Aspectos de Engenharia e Ambientais" e tem um histórico notável como consultor em importantes obras de mineração e hidrelétricas no Brasil e na América Latina.


 Sobre a Editora

Com mais de 65 anos de trajetória, a Editora Edgard Blucher Ltda., ou apenas Blucher, se destaca pela dedicação à ciência e à democratização do conhecimento. Com um catálogo que inclui mais de 1.700 publicações e 19 prêmios Jabuti, a editora é reconhecida no meio acadêmico, publicando uma variedade de conteúdos que vão desde livros técnicos a pesquisas científicas e artigos acadêmicos, disponíveis em formatos impressos e digitais, como e-books e Open Access. A inovação constante e a adaptação às novas tecnologias refletem o compromisso da Editora Blucher com a qualidade e acessibilidade em suas publicações.



 Ficha Técnica do Livro

Capa: Estabilidade de Taludes Naturais e de Escavação

TítuloEstabilidade de Taludes Naturais e de Escavação
AutoresGuido Guidicini, Carlos Manoel Nieble
IlustradoresSem informação
CapaArranjo gráfico feito pela Editora Blucher
EditoraBlucher, São Paulo
Edição1984, 1 edição
IdiomaPortuguês
AcabamentoBrochura
Formato LxA16 x 23 cm
Páginas216
ISBN-108521201869
ISBN-13978-8521201861
Peso0,331 Kg
Avaliação 4,7 de 5 estrelas


{bookBox}


 Onde Encontrar?

Para adicionar à sua biblioteca técnica ou profissional, o livro está disponível na Amazon para compra, atualmente ao valor de R$ 69,81, com possibilidade de frete gratuito para assinantes Prime. Informações de como realizar a compra podem ser acessados pela página do livro



 Referências

  • ABNT (NBR 6023:2018)

  1. GUIDICINI, G.; NIEBLE, C.M. Estabilidade de taludes naturais e de escavação. 2. ed. São Paulo: Blucher, 1984. 216 p.
  2. GUIDICINI, Guido; NIEBLE, Carlos Manoel. Estabilidade de taludes naturais e de escavação. 2. ed. São Paulo: Blucher, 1984. 216 p.

  • APA (7a edição)

  1. Guidicini, G., & Nieble, C.M. (1984). Estabilidade de taludes naturais e de escavação. (2a ed.). Editora Blucher.

  • BibLaTeX

  1. @book{guidicini1984estabilidade, title = {Estabilidade de Taludes Naturais e de Escavação}, author = {Guidicini, Guido and Nieble, Carlos Manoel}, publisher = {Blucher}, year = {1984}, edition = {2}, location = {São Paulo}, language = {portuguese}, pagetotal = {216}, isbn = {978-8521201861}, note = {Geotecnia, Geologia de engenharia}}

Citações

  • ABNT (exemplos)

  1. PARENTÉTICA: Os corpos de tálus têm como característica a precária estabilidade, especialmente se modificados e saturados (Guidicini e Nieble, 1984, p. 36).
  2. NARRATIVA: São classificados por Guidicini e Nieble (1984) como escoamentos, em sentido amplo, e consideradas deformações lentas, por gravidade, de solos e rochas.

  • APA (exemplos)

  1. PARENTÉTICA: Os corpos de tálus têm como característica a precária estabilidade, especialmente se modificados e saturados (Guidicini & Nieble, 1984, p. 36).
  2. NARRATIVA: São classificados por Guidicini e Nieble (1984) como escoamentos, em sentido amplo, e consideradas deformações lentas, por gravidade, de solos e rochas.
{referenceBox}

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem