Gerenciamento de Risco Geológico e as Recentes Geotecnologias

Terremotos no Japão em 2016

Em abril de 2016, a região de Kumamoto, no Japão, foi abalada por uma série de terremotos, com o mais significativo atingindo uma magnitude de 7,3. Estes abalos sísmicos provocaram não apenas danos estruturais significativos em edifícios e infraestruturas, mas também desencadearam uma série de deslizamentos de terra em áreas montanhosas e encostas íngremes.

Os deslizamentos foram consequência direta dos tremores, aumentando os desafios enfrentados pelas equipes de resgate e intervenção diante da catástrofe natural. A região enfrentou desafios complexos devido à interrupção das comunicações, isolamento de comunidades e a necessidade urgente de assistência médica e abrigo para os afetados. Isso desencadeou a implementação de medidas inovadoras de resposta e recuperação por parte das autoridades japonesas.


Os Drones nas Ações de Resposta

O Japão tem utilizado diversas novas tecnologias para identificação e caracterização durante as respostas aos desastres como os drones (ou VANTs, ou UAVs) que possibilitam a geração de visualizações em três dimensões.



Esta visualização pode ser acessada aqui.

Representação perfeita em ambiente virtual do que pode ser visto abaixo:




Os drones oferecem a capacidade de realizar mapeamento e análise detalhada das áreas afetadas, fornecendo visualizações em três dimensões que auxiliam na identificação de danos, planejamento de resgate e reconstrução pós-desastre. Essas tecnologias têm sido essenciais para melhorar a capacidade de resposta e recuperação diante de eventos sísmicos e suas consequências, permitindo uma abordagem mais precisa e eficiente no gerenciamento de riscos geológicos.

A capacidade desses veículos aéreos não tripulados de sobrevoar áreas afetadas, muitas vezes de difícil acesso ou perigosas para equipes humanas, permite a rápida avaliação da extensão dos danos após um terremoto ou movimentos de massa. A geração de imagens em alta resolução e em tempo real possibilita uma visualização detalhada das áreas atingidas, identificando danos em estruturas, pontos de bloqueio, vias de acesso e áreas de risco iminente, agilizando a tomada de decisões para priorização de resgate e assistência.

Além disso, a capacidade dos drones de gerar modelos tridimensionais das áreas afetadas é crucial para o planejamento estratégico pós-desastre. Essas representações em 3D fornecem uma compreensão mais abrangente das mudanças topográficas e das condições do terreno, auxiliando na elaboração de planos de resgate, planos de reconstrução e na identificação de locais seguros para realocação de pessoas desabrigadas. Outra finalidade é fundamentar a avaliação geotécnica pós-desastre imediata, possibilitando maior segurança para as equipes de busca e salvamento.

A análise detalhada desses modelos tridimensionais também facilita a identificação de potenciais áreas de instabilidade geológica que poderiam levar a deslizamentos posteriores, permitindo a implementação de medidas preventivas e mitigatórias para reduzir riscos futuros e melhorar a resiliência das comunidades afetadas.



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